O DEUS QUE ASPIRO

“Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que Eu Sou Deus, e não há outro, Eu Sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade”. (Isaías 46:9,10) Esse texto nos convida a refletir um pouco sobre o caráter de Deus. Estamos criando um “deus” à nossa imagem e semelhança. Fazendo isto, estamos rejeitando o Deus Soberano, como Ele é. E isto nos aflige. Por isso, um dia escrevi: “Estou cansado de ter um deus domesticado, um deus a meu serviço, que aprova o que eu faço e abençoa o que eu peço. Estou cansado de ter um deus manipulável, cuja vontade sempre se ajusta à minha vontade e, numa composição cúmplice comigo, aceita os meus acordos e as minhas desculpas. Estou cansado de ter um deus minúsculo, que só olha para mim e ignora os outros, um pai só meu, que usurpou o lugar do Pai Nosso. Estou cansado de ter um deus limitado ao meu mundo, à minha vontade, à minha igreja e religião, à minha oração e à minha fé. Estou cansado de um deus incapaz. Incapaz de mudar o meu caráter, o meu estilo de vida, e o meu cristianismo infantil, apático, raquítico e desnutrido. Estou cansado de um deus diplomata, que não impõe nem exige nada de mim e me tolera como eu sou, porque me recuso a ser como Ele quer que eu seja. Estou cansado de ter um deus subserviente a mim, que tem por obrigação abençoar-me, dá-me coisas boas, tais como: boa saúde, bom emprego, abençoar as minhas dívidas e, por cima, consertar o mal que propositadamente pratico. Eu quero ter um DEUS com letras maiúsculas, de vontade firme e determinada, um Deus exigente, um Deus que me encurrale, me conteste e me desafie, um Deus Soberano que pune e perdoa, que fere e que sara, que me escuta sem que eu tenha de gritar, que me encha do Seu Espírito Santo sem que ninguém o perceba, que me ponha de joelhos, que me revigore e me estimule diante de sofrimentos excruciantes, que encha o Templo com a Sua Majestade, que encha a minha boca de Seu louvor, que purifique os meus lábios para ser profeta do Seu amor e bondade, que limpe esse frágil vaso de barro e o torne mensageiro do Evangelho Eterno. Um Deus Grande capaz de esquecer os erros do meu passado, capaz de me guiar em segurança no presente e capaz de planejar o meu futuro. Um Deus capaz de impedir que eu venha a frustrar os propósitos que Ele ainda tem para a minha vida, que me dê a coragem e a sensibilidade de frequentar lugares onde há dor, que me dê a intrepidez de um profeta que denuncia os males causados pelos homens da religião e que ainda tem a ousadia de apontar o caminho certo, segundo a Sua Palavra. Um Deus que me faça Apóstolo da Sua Graça, Ministro do Seu Perdão, Arauto da Esperança, Mensageiro de Boa Notícia e Motivador de Boas Obras. Esse DEUS eu tenho, ou melhor, Ele me tem a mim. O Seu Nome é JESUS CRISTO, o REI dos reis e SENHOR dos senhores”! Rev. Miguel Cox