JESUS - O Senhor da Vinha !!!
22 de fevereiro de 2014
USANDO A ALMA!
USANDO A ALMA
Experimentem contemplar, de longe, gestos e mover de lábios de pessoas que conversam entre si. Ver os gestos de longe. Ver, de longe, o mover dos lábios, sem possibilidade de penetrar no que os lábios e gestos dizem, dá uma impressão viva do comum dos gestos e do mover dos lábios, quase sempre muito sem sentido e muito vazios...
Bem típico deste vazio são os dois beijos convencionais na face que as mulheres costumam trocar quando se encontram.
Beijo vazio, frio, protocolar é beijo prostituído. O beijo é a alma que quase aflora aos lábios.
Quanto abraço, quanto aperto de mãos vazias, sem sentimento!... O abraço ideal deveria envolver, de maneira discreta, implicitamente uma oração pela união.
Como seria bom que todo olhar tivesse vida, tivesse alma! É triste ser olhado por um olhar vazio, sem vida, gelado... Há olhares que vêm de dentro, nascem do coração, chegam transbordando de afeto e de carinho... Lembram-se de crianças que aprenderam poesias para recitar, com a recomendação de levar a mão ao peito quando falassem em coração e de levar à mão a cabeça quando falassem em pensamentos?
Tanto gesto vazio assim, ao longo da vida! Por que não fazer tudo com a alma?
Se tudo isso é valido mesmo se tratando dos gestos mais simples, imagine-se como devem ter alma os gestos religiosos / litúrgicos!?...
A contemplação do Santo dos Santos (Altar) do Senhor não pode deixar de ser feito e não pode ser realizado de forma rápida, às pressas, nem tão pouco quando honramos a Cruz do Cristo vivo, embora lá Ele já não esteja. A contemplação deve nos remeter ao ato sacrificial do filho de Deus, nosso salvador.
Se todo e qualquer abraço deve ser dado com vida, com alma e com aquela oração silenciosa pela aproximação entre os homens, imagine-se o que deve ser o abraço de paz trocado no culto ao Senhor.
Atitude litúrgica à qual ainda estamos, pouco afeitos é o silencio. Nosso povo esta aprendendo sempre mais a cantar (louvar).
Precisamos saber viver o silêncio quando a liturgia nos convida a nele mergulhar.
Silencio exterior é fácil de conseguir: É fechar os lábios, é não falar. Difícil é o silencio interior, dentro de nós – ficam rosnando julgamentos do próximo, sentimentos sutis de inveja, reclamações de amor-próximo ferido, projeções de nosso eu...
Feliz de quem, acostumado a viver os gestos e todas as palavras, vive, exterior e interiormente o Silencio.
“Quando silenciamos de todo e de verdade, Deus nos fala!.”
(DHC) Rev. Lula Nicéas
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